Uma garota, um caderno.

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Nós dois sempre tentamos. Parece ser a unica coisa que conseguimos fazer. Nossa unica opção. Mas, chegou ao fim. Tudo aquilo.

Dia desses eu li em algum lugar que as pessoas podem fazer parte de nossas memórias, mas nem sempre elas fazem parte de nossa vida.

Foi uma das coisas mais sensataz que li. É, nós não fazemos mais parte da vida um do outro.

Não sei o que você pensa e você não sabe o que eu penso. Acho que não consigo ouvir sua voz sem me irritar.

Isso ja aconteceu antes, é sempre do mesmo jeito. Mas, eu sei quando é honesto e quando é apenas fogo de palha. Nós nunca fomos nenhum dos dois. Na verdade, nós nunca fomos nada.

E não quero mais te ver.

Eu vivo tentando não me prender ao que poderia ter sido. Não é prudente ficar pensando no que quase aconteceu.

Só que é inevitável quando te encontro.

Porque eu te vejo junto dela e acabo pensando que poderia ter sido eu. Será que quase foi eu?

Eu me pergunto se em algum momento nós tivemos algo verdadeiro, porque eu me lembro de como você agia. De como você me tratava quando estávamos juntos. Você sempre me fez rir. Você sempre se preocupou comigo, e isso é algo que nunca vou me esquecer. Lembro de quando você veio me visitar no Natal e de como nosso Ano-Novo foi divertido. Lembro de como combinavamos que eu teria meu primeiro porre com você e de como minha mãe voltou de viagem no dia e estragou todos os nossos planos.

Lembra de quando eu finalmente bebi uisque pela primeira vez e você estava comigo? Era seu aniversário e eu tinha lhe comprado um presente. Acho que estava completamente cega. Lhe comprei uma bandana de caveiras e a carregava comigo no dia em que fomos ao parque com mais vinte pessoas.

Eu ia lhe dá-la, ia mesmo. Ai, nós nos perdemos. Eu fiquei com meus amigos e você com seus amigos que eu não conhecia. Passei a tarde toda sem você e foi uma tarde realmente inesquecível. Então quando finalmente nos encontramos você estava com ela e acho que quebrei.

Eu fiquei meses sem olhar para sua cara, esqueci seu numero, tentei esquecer seu nome. Tentava não ouvir noticias suas e quando finalmente nos encontramos de novo, você ja estava com outra. É, que bela idiota eu sou.

Mas, eu ja estava cansada e não queria mais ficar naquela brincadeira. Não queria mais me machucar.

Hoje eu tento não tocar mais no assunto, você está feliz e é isso que importa.

Agora, enquanto vejo você me preparar uma bebida, preocupado que minha mãe não perceba que eu tenha bebido, eu me dou conta: nós sempre fomos amigos. Nada além disso.

Algumas pessoas estão sempre acompanhadas, sempre namorando ou saindo com alguém. Outras pessoas estão sempre sozinhas, parece que não há ninguém.

As vezes, eu me pergunto qual a verdadeira necessidade de se ter alguém. Pois, se você acaba procurando por outra pessoa para lhe completar, tem algo faltando em si mesmo. Mas, o que seria?

Algumas pessoas parecem precisar de compania, mas nem sempre ou melhor quase nunca é amor. É apenas comodidade, apenas a necessidade de não dormir em uma cama vazia ou de sair sem ninguém. É apenas status.

Outras pessoas conseguem canalizar essa solidão em outras coisas, conseguem ser felizes sem um companheiro, conseguem rir, conseguem amar, conseguem se apaixonar. Afinal paixão é um estado, e você pode se apaixonar por varias coisas, como personagens fictícios por exemplo.

Então, eu me pergunto: qual a verdadeira necessidade de se ter alguém? É claro, nós temos família  temos amigos, temos pessoas que nos façam rir. Mas, precisa sempre ser carnal? Precisa sempre ser assim?

Toda essa história de estar em uma relação acaba se tornando tediosa e vazia. Hoje, os casais não conversam mais. E eu digo conversas de verdade, conversas honestas, confidencias.

Acho que eu devia procurar alguém assim. Quero dizer, isso não seria o certo? Procurar alguém que te entenda, goste de você e que tenha assunto? Assuntos além de coisas da casa e assuntos corriqueiros. Alguém com quem eu debata, converse e me faça rir.

Não sei. Talvez, eu esteja errada, talvez eu tenha me confundido, talvez eu esteja confusa. Mas, se eu estiver só o tempo poderá me dizer.


Luana Bastos, paulistana de 19 anos que ama escrever. Viciada em Internet, livros e séries, sempre dá um jeito de assistir a mais um episódio de Doctor Who, mesmo que já tenha assistido tantas vezes que já decorou as falas.

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